terça-feira, 24 de junho de 2014

"Lesbianismo Político" é Política Identitária


Uma política identitária, de forma geral, justifica o ato de se assumir uma identidade com o propósito de estabelecer um posicionamento político. No caso do "lesbianismo político", ser lésbica reduz-se a uma identidade social que expressa aos outros uma ideologia política, não necessariamente descrevendo o comportamento sexual privado de uma mulher. Como em qualquer identidade, a existência da "lésbica política" demanda um reconhecimento externo. Se outras pessoas não sabem ou não leem essa mulher como "lésbica política", isso não acarretará em qualquer influência social à mesma. Logo, ser "lésbica política" funciona essencialmente como performance social.

Primeiramente, como uma mulher se faz saber "lésbica política" aos outros? Pela própria designação, pelas práticas, pela aparência, ou algum tipo de combinação de tudo isso? Se é apenas pela designação, então realmente não passa de um rótulo, uma expressão performática [I]. Acho que as próprias mulheres que se autoidentificam como "lésbicas políticas" concordariam que é necessário mais que isso. Se "lesbianismo político" diz respeito às atividades sexuais unicamente, então a identidade permaneceria completamente confidencial. Se ninguém fica sabendo de que maneira essas mulheres fazem sexo, suas práticas possivelmente não afetarão extensivamente sua atmosfera política; a proclamação de si mesma enquanto "lésbica política" é necessária à influência social e relevância política do título, então as práticas sexuais podem ser necessárias, mas também seriam insuficientes como definição do termo. No final das contas, a aparência poderia ser o método mais eficaz de se atestar que a definição de uma mulher sobre si mesma enquanto "lésbica política" fosse transmitida ao público de maneira concisa. Ainda assim, "lesbianismo político" não é uma tendência fashion e não prescreve um conjunto particular de acessórios ou cores para a visibilidade do grupo [II]. Eu li tantas definições do que é uma "lésbica política" quanto pude encontrar; não há um consenso sobre seu significado.

Em segundo lugar, a eficácia do "lesbianismo político" enquanto atitude política depende do mesmo tipo de base lógica que qualquer outra política identitária: espera-se que suas fieis voluntárias comportem-se de uma certa maneira que supostamente efetiva algum tipo de mudança social positiva. Eu costumo brincar sobre quais posições sexuais as "lésbicas políticas" consideram melhores para lutar contra o patriarcado, mas não é uma piada muito engraçada. Nós não podemos foder nosso rumo à liberação. Eu aprendi isso vendo a teoria queer. Na prática, ser uma lésbica - "política" ou não - não diminui, e na verdade potencializa, as experiências de discriminação e degradação social sofridas pelas mulheres. É indiscutivelmente sádico encorajar mulheres a deliberadamente se exporem à opressão com a finalidade de promover o avanço do status coletivo de outras mulheres.

De uma forma mais ampla, uma metodologia de performance social é uma fuga à confrontação das forças que se encontram imediatamente por trás da esfera pessoal de alguém. Ativismo político não é movimento de autoajuda; é a desconstrução material e intelectual de uma dinâmica de poder embasada numa luta de classes que dá origem à opressão. Como já disse em outra oportunidade, pessoas oprimidas não criam sua própria opressão através de "escolhas identitárias ruins", tampouco as "escolhas sexuais ruins" das mulheres são a causa da opressão sexual que sofremos enquanto tal [III]. No entanto as teorias do "lesbianismo político" focam ostensivamente nas escolhas pessoais de mulheres privilegiadas o bastante para exercer controle sobre sua própria expressão sexual. Infelizmente, a maioria de mulheres no mundo não têm essa liberdade.

A sexualidade de uma mulher nunca deve estar a serviço de seu posicionamento político. Se você é lésbica, ótimo. Se você não é lésbica, quem se importa? Eu não. Eu não me importo com quem você transa, ou como você chama a si mesma; isso é problema seu. A sexualidade falocêntrica, comercialmente construída pode e deve ser criticada [IV]. Essa crítica, porém, não concede a qualquer feminista uma licença para prescrever certos tipos de comportamento sexual, identidade ou desejos, como mais "feministas" do que outros.

O patriarcado manipula a sexualidade feminina direcionada aos homens e à heteronormatividade. O "lesbianismo político" faz uma coisa parecida, ao contrário, da seguinte maneira: as teorias do "lesbianismo político" afirmam que a sexualidade é inteiramente construída socialmente. Esse paradigma torna mulheres que não são lésbicas - na designação ou práticas, tanto faz - como sendo macho-identificadas. De forma semelhante, a afirmação de que "qualquer mulher pode ser lésbica" postula o lesbianismo como uma forma de existência a qual as mulheres devam aspirar, uma forma de subjetividade feminista. Dessa maneira o "lesbianismo político" presume o lesbianismo como algo que se almeja, e não uma coisa neutra ou meramente casual.

Uma hierarquia é propriamente definida como "um sistema ou organização em que pessoas ou grupos são classificadas umas sobre as outras de acordo com um status ou autoridade" [V]. Portanto, é inevitável que se crie uma hierarquia quando uma forma de expressão sexual é vista como melhor, mais esclarecida, ou mais eficaz politicamente do que outra. Através do estabelecimento dessa hierarquia, querendo ou não é gerada uma pressão para que uma mulher altere sua identidade sexual. A sugestão do aspecto positivo da mudança é inerente à ideia de que o lesbianismo é (politicamente) uma forma superior ou preposta de ser.

Exaltar o lesbianismo pelo viés da política feminista projeta uma visão fantasiosa sobre mulheres que são lésbicas independentemente de seu posicionamento político, abstraindo a experiência de mulheres que amam mulheres à ideia de que todas as lésbicas são feministas [VI]. Isso não é justo com as lésbicas que suportam o peso das expectativas irreais dessa teoria "política". É também uma avaliação demonstravelmente falsa sobre o lesbianismo no mundo real. Há inúmeros exemplos de lésbicas que priorizam homens ao invés de mulheres, que são abusivas com outras mulheres, ou que não veem mulheres como pessoas oprimidas. Eu realmente não sei se "lésbicas políticas" apreciam certas realidades muitas vezes desagradáveis da comunidade lésbica, tanto nos dias de hoje quanto historicamente. Além disso, em alguns lugares do mundo, atualmente já é possível às lésbicas viver quase que inteiramente assimiladas às normas sociais. Enquanto lésbica, casada no estado do Massachusetts, mal consigo lembrar quando foi a última vez que alguém se incomodou com minhas demonstrações públicas de afeto. Ninguém se importa que eu seja lésbica, isso claramente não é uma ameaça à heterossexualidade deles nem qualquer outro motivo de mágoa.
Investir uma identidade "lésbica" como posicionamento numa guerra política contra o patriarcado torna o desejo de algumas mulheres em tentativa de retaliação de outras. O clássico texto "Woman Identified Woman" afirma que "a lésbica é a raiva de todas as mulheres condensada a ponto de explosão" [VII]. Essa definição usa o termo "lésbica" como mensagem direcionada aos homens, um insulto. É o absoluto oposto de como eu me sinto sobre minha companheira lésbica. Adotar a identidade de "lésbica política" como reação ao patriarcado não é uma expressão de amor ou desejo, tampouco é sobre mulheres, afinal. É fundamentalmente sobre homens; utiliza uma identidade para "radicalmente" transgredir as normas sociais da heterossexualidade. Nós não podemos usar uma identidade social para efetivar a "liberação'" tanto quanto não podemos transitar nas normas de gênero [genderfuck] para sobressair à dinâmica de poder do patriarcado. Nós precisamos mudar o próprio sistema, e não nossos comportamentos individuais ou nossas identidades inerentes a esse sistema.

O "lesbianismo político" tem um longo e característico histórico feminista. Algumas teóricas continuam argumentando que esse assunto merece um lugar na pauta "feminista radical". Mas esse apelo à tradição não me convence. Identidade enquanto performance social não é politicamente eficiente porque é uma abordagem individualista a um problema sistêmico. O "lesbianismo político" nos orienta a entender o lesbianismo a partir da perspectiva de um observador externo: é essencialmente uma identidade social através da qual nós devemos subverter o paradigma heterossexual dominante. Mulheres que apoiam o "lesbianismo político" enquanto uma ação política eficaz permitiram que as políticas identitárias infectassem sua ideologia.

Eu me identifico como uma lésbica anti-lesbianismo-político.





[IV] Compulsory Heterosexuality and the Lesbian Experience, por Adrienne Rich: http://www.terry.uga.edu/~dawndba/4500compulsoryhet.htm

[V] Google for “hierarchy”




sábado, 15 de março de 2014

TERF e SWERF não são sanduíches novos do Subway

Original: AnnTagonist
Eu não sei quem apareceu com o acrônimo ‘TERF’. Eu não estou muito disposta a desbravar a Internet em uma tentativa de descobrir, mas se alguém souber, por favor, ponha nos comentários (com o link) e eu editarei o post com a informação.
TERF, pra vocês que não estão tão antenadas e com moral e de olho nos moleques como eu claramente estou, significa "Feministas Radicais Trans-Exclusionárias". Este é um termo obviamente redundante porque, primeiramente, não existem Feministas Radicais Trans-Inclusivas e, segundo, porque jogar o “Trans-Exclusionária” em frente do “Feminista Radical” é, na verdade, só um caso bem claro de homens tentando fazer com que tudo no mundo seja sobre os paus deles.
Feminismo Radical é uma das únicas coisas no mundo que não são centradas em volta dos homens e o que os homens querem. Homens não conseguem suportar que uma coisa dessas aconteça, mas já que não podem policiar fisicamente os nossos pensamentos, eles decidem que não vão nos deixar chamar isso de Feminismo Radical. Eles têm que deixar claro que “esse é um feminismo que não acredita em mim quando eu digo que meu pênis é feminino e que eu sou a mais oprimidíssima de toda a espécie feminina”. Isso faz com que seja difícil para Feministas Radicais se encontrarem fisicamente, porque toda vez que tentamos, esses homens que dizem que são mulheres e as mulheres que fingem que acreditam neles fazem um lobby agressivo para não termos nenhuma plataforma politíca. Eles raramente triunfam em seus esforços de impedir que a gente se reúna, mas eles conseguem fazer a conversa se voltar de novo para eles e os seus paus com muito sucesso.
Feministas Radicais vêm a opressão de mulheres como enraizadas no sexo, não na performance de um gênero. Isto é: mulheres são oprimidas porque homens exploram nossos meios de reprodução, e não porque nos parecemos mulheres ou agimos como mulheres. Feministas Radicais rejeitam a ideia de que gênero é um sentimento dentro de você que diz se você é um homem ou uma mulher. Ao invés disso, nós vemos o gênero como uma ferramenta que o patriarcado usa para manter as mulheres subjugadas. Mulheres são mantidas inibidas e debilitadas por causa das amarras da feminidade e, se elas decidem se livrar disso de qualquer maneira, são acusadas de tentar imitar os homens, são duramente condenadas e várias tentativas são feitas pra que elas voltem a ficar na linha.
Feministas Radicais defendem que espaços exclusivos para mulheres são vitais por um grande número de motivos. Um desses motivos é o de dar às mulheres uma chance de se curar da violência que é feita contra elas por homens. Foram feministas radicais que formaram os centros de crise de estupro somente para mulheres nos anos 70 e que lutaram para inserir leis que tornavam ilegal estuprar a esposa.
Porém, mais de quarenta anos incansáveis produzindo literatura, fazendo campanhas, falando, legislando, educando, lutando e vencendo, tudo sob ataques impiedosos de homens que não suportam quando mulheres dizem a verdade, isso tudo pode ser apagado e reduzido a um só acrônimo de quatro letras que remete a “intolerante” e que é cuspido com veneno.
TERF é uma palavra que é predominantemente usada contra mulheres. Eu vi um ou dois homens serem chamados de TERF, mas homens têm mais chances de serem chamados de ‘tokens’ de TERF ou coisa similar. Das mulheres contra quem se usa TERF, muitas são lésbicas. Recentemente, no twitter, eu fui informada por uma aliada jovem, branca, heterossexual, de boa moradia, cristã e LGBT que TERF não é um xingamento. Eu não consigo lembrar se a palavra que ela usou era “descritor” ou “definição”, mas foi uma das duas. Definitivamente não é uma ofensa, ela diz. Essa garota não sabia nem o que é uma mulher, então estou bem confiante de que ela também não tinha a mínima ideia do que é uma feminista radical. Ela só ouviu em algum lugar, provavelmente de um cara de vestido, que existem feministas que pensam que mulheres trans são homens e oh meu deus que raios e ela não consegue entender o que está acontecendo porque, como eu falei no meu post ontem, e como Witchwind descreve cuidadosamente aqui, ela foi tão perfeitamente colonizada, que ela nem sabe que foi colonizada. Ela está tão acostumada com mulheres tendo o nosso poder de nomear a nós mesmas tirado de nós, que ela não reconhece quando isso está acontecendo bem na frente dela. E ela não é a única.
A feminista profissional Laurie Penny é liberal com o seu uso do termo e, como uma boa aliada de trans, ela sabe que tudo que ela tem que fazer é dar o link de um perfil de Twitter com a palavra TERF e seus seguidores vão dar um SIGNAL BOOST NESSA MERDA! e garantir que essa intolerante tome o que ela merece.
TERF é um jeito curto de dizer “essa mulher tem feminismos que não são sobre o meu pau. Enxotem-na e vamos manter o foco na questão principal aqui: meu pau”.
Isso fala diretamente ao “instinto” de proteção que é enfiado nas garotas desde o primeiro minuto em que elas abrem os olhos nesse mundo. Nós somos treinadas para amar o Pau, servir o Pau, e considerar o Pau nosso Senhor e Mestre. Então, quando os homens de vestido jogam isso em cima da maioria das mulheres, é uma reação de simpatia que eles acionam.
Essas feministas transfóbicas más e poderosas querem restringir meu acesso a abrigos para estupradas porque elas pensam que eu sou um homem!
Eu só quero fazer xixi e essas TERF intolerantes dizem que eu preciso usar o banheiro masculino, onde eu posso ser atacada!
Essas lésbicas cis intolerantes dizem que não querem fazer sexo comigo porque elas não gostam de pênis. Como elas podem saber se elas ainda nem viram meu pênis? Ele é um pênis de menina.
Ainda tem a tendência de criar mentiras e, já que a internet – e mídias sociais em particular – é como um jogo gigante Telefone Sem-Fio, e já que ninguém se importa em pedir “fontes” quando o assunto é transgressões de TERFs, essas mentiras são propagadas abertamente e aceitas como fato. Uma mentira recorrente sobre TERFs é a de que elas gastam todo o seu tempo agredindo mulheres trans na internet e planejando suas mortes. Eu acho bem provável que, se mulheres trans não gastassem todo o seu tempo desfilando suas pirocas em volta de espaços privados femininos, exigindo que nós as aceitemos como fêmeas, nós não iríamos prestar atenção nelas nem um pouco.
"TERF" é só mais um exemplo de mulheres tendo o poder de nomear a si mesmas tirado delas. Se você se aproxima de círculos progressistas de justiça social, a palavra "TERF" foi feita para ser vista por você na tela e causar em você uma ira justificada. Você sabe o que deve fazer. Ou você cai em cima da TERF (mulher) em questão, dizendo o quanto ela é depravada, mente fechada, intolerante, que contribui com a morte de milhões de mulheres trans em todo lugar, racista, feia, conservadora, odiosa, um pedaço de merda, errada, ignorante, um homem trans em negação, fascista, ou o que mais você sentir que deve jogar nela; ou você direciona suas amigas e você mesma para a função Bloquear, porque essa faceira indisciplinada não tem nenhum direito de achar que mulheres trans são homens na internet. Isso não é legal. Isso literalmente mata pessoas, o que é muito, muito problemático.
Você também não precisa ser uma Feminista Radical para ser rotulada de TERF. Associação com ‘TERFs conhecidas’ pode ser o suficiente para te garantir esse apelido. Inclusive, Roseanne Barr é citada frequentemente como uma TERF famosa, mas a própria Roseanne admite que ela não é uma Feminista Radical. A verdade é que Roseanne é uma avó, que divide a crença Feminista Radical de que homens não deviam balançar seus pintos perto dos espaços privados das mulheres quando eles não são chamados. Incidentalmente, minha própria avó compartilha esse pensamento, assim como toda avó que eu conheço. Avós são TERFs.
E agora existem novidades também. SWERF tem aparecido por aí faz um tempo – o que significa “Sex Worker Exclusionary Radical Feminists” - Feministas Radicais que Excluem Trabalhadoras Sexuais. Essa foi feita pra fazer parecer que Feministas Radicais têm uma abordagem puritana para o sexo e pensam que mulheres que vendem serviços sexuais não são dignas da atenção do feminismo. Essa é uma inversão completa, porque Feministas Radicais estão primariamente preocupadas em nomear quem comete a violência dentro da indústria do sexo e quem facilita e quem é cúmplice: os homens que compram e vendem os corpos das mulheres.
BERF é outra novidade. Essa quer dizer Feministas Radicais Exclusionárias de Bissexuais. Essa parece mirar em lésbicas especificamente. Uma coisa comum que acontece para uma lésbica online é uma mulher em um relacionamento com um homem ir lá dizer que ela é uma intolerante por não aceitar mulheres trans como mulheres. As lésbicas frequentemente dizem algo como, “Vá embora, mulher heterossexual, não tem nenhum cabimento você vir policiar os limites das lésbicas”, ou talvez ela dirá algo mais raivoso ou eloquente, dependendo do seu humor; mas o comentário ‘heterossexual’ é respondido frequentemente com “MEU DEUS você está apagando minha identidade, eu sou na verdade bissexual por causa dos meus sentimentos e eu na verdade fiz um ménage à trois uma vez com o meu namorado e minha melhor amiga, e eu lambi a buceta dela de verdade e eu não vomitei, e às vezes meu namorado faz uma mudança para o feminino e se torna minha namorada, portanto na verdade eu faço parte do guarda-chuva LGBTQIA, então foda-se você e sua cisnormatividade e seu privilégio monossexual”. Ou, você sabe, palavras do tipo.
Há algumas outras novidades, mas eu escrevi bastante e por isso não vou entrar elas. Elas todas têm o mesmo intuito: silenciar e incitar ódio contra um grupo de mulheres, em sua maioria lésbicas, que dizem não ao Pau. Nós já temos nomes para o que somos. Nós somos lésbicas. Nós somos feministas radicais. Nós somos mulheres. Vocês podem nos chamar de SWERFs e TERFs e BERFs e QuERFS e cis e monossexuais e puritanas e qualquer coisa nova que inventarem nos próximos meses, vocês podem nos chamar disso também. Mulheres estão acostumadas a serem xingadas por homens. Mulheres estão acostumadas a serem xingadas por mulheres em nome de homens e a mando de homens. Bilhões de mulheres por todo o mundo sabem que mulheres trans na verdade são homens. Literalmente bilhões. A maioria delas não vive na internet e não posta selfies entre seus SIGNAL BOOST NESSA MERDA e assinaturas de petições para fazer lésbicas pararem de dizer palavras na internet. A maioria delas têm problemas maiores do que palavras que lésbicas estão dizendo na internet. Todas essas mulheres são TERFs.
Todas as mulheres são TERFs por dentro, assim como todas as mulheres são putas e todas as mulheres são vadias. Todas as mulheres sabem que mulheres trans não são mulheres, só que algumas mulheres estão dispostas a fingir, e algumas estão tão desconectadas de si mesmas que elas nem sabem que estão fingindo, mas todas nós sabemos. E eles sabem que nós sabemos, e eles simplesmente não conseguem aturar isso.